domingo, 7 de setembro de 2008

Igualdade e Privilégios

Viver em um lugar como a Suíça nos faz refletir sobre o que significa igualdade. No Brasil e em outros países onde as diferenças sociais e econômicas são fortes pode parecer insólito que uma faxineira, um garçon, um moterista de onibus publico tenham salários não tão inferiores aos de profissionais como engenheiros, arquitetos, administradores de empresa, desenvolvedores de softare. Essa igualdade faz com que coisas simples como entregar moveis e monta-los na casa de alguêm se tornem coisas caras e de fato um tipo de luxo que nem todos estarão dispostos a pagar. 

Muitos podem pensar que isso torna a vida mais complicada e mais difícil, de fato num primeiro momento, pois não se está habituado a esta situação, mas é preciso encarar esses custos, uma faxineira em casa é algo que se paga por hora,  um homem hora de alto padrão para cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, é até possível que ela more próximo a algum colega seu ou mesmo a você em um apartamento ou casa tão boa quanto, possa consumir bens de consumo tão caros quanto a maioria de nós, isso é um país com igualdade social e econômica, não algo utópico, onde todos ganham o mesmo, ma uma sociedade capitalista e competitiva, onde todo o trabalhador recebe um soldo justo, que o permite viver de forma digna, comer, se vestir, pagar as contas e até realizar alguns caprixos como ter carros de marca e eletro-eletrônicos de 1a. linha.

A vida aqui não é barata, é um fato, mas de alguma forma ela é mais facil para todos, o custo dessa facilidade é falta de privilégios para uma elite exploradora, que no nosso Brasil ainda suga da miséria uma fantasia de riquesa, quando vemos pessoas que possuem 2 empregados domésticos em apartamentos minusculos, simplesmente por que isso é algo barato, não sabem lavar uma roupa, cozinhar arroz, arrumar a cama, recisam dos escravos de casa, baratos, sempre humildes e prestativos que podem levar a culpa sobre o sumiço de qualquer coisa e serem demitidos sem nenhuma piedade. A igualdade só sera conquistada quando fecharmos de vez as portas de serviço e desligarmos os elevadores de serviço, e empregados e patrões tenham conciência de que pertencem as sociedade e pdem utilizar as mesmas portas, morar nos mesmos bairros, conversar sobre os mesmo assuntos e qe seu filhos também frequentem os mesmo colégios e tenham então as mesmas oportunidades.

Enquanto isso não se tornar realidade continuaremos vendo cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, formadas por mundos completamente diferentes que apenas se tocam nas senzalas modernas dos apartamentos de alto padrão. E que as vezes se chocam no conflito violento que se vive todos os dias nas periferias pobres da América Latina.

2 comentários:

Flávia disse...

Por isso muita gente de classe média sofreria vindo morar na Suíça. E não só pq se deu ao luxo de nunca fazer nada e por isso "não sabe" fazer, mas pq vê o serviço doméstico como algo extremamente indigno. Infelizmente isso é normal em um lugar em que se paga qualquer 10 reais para alguém que se submeta a fazer um serviço que não te agrada.

Anônimo disse...

Outro dia estava conversando sobre diferenças salarias em uma empresa e mencionei exatamente o fato que não acho justo um "executivo" ganhar mais de 1000x mais do que uma secretária - os dois realizam seus papéis na empresa e o lucro dela é devido ao empenho dos dois. Uma leve diferença é compreensível, mas o que vemos hoje em dia é absurdo.

Infelizmente, classificaram minha opinião como maluquice... Isso é que se vê por aqui, as pessoas estão acostumadas a encararem certos trabalhos como menos dignos do que outros, e não percebem como tais serviços são tão essenciais quanto quaisquer outros...

Abs